A Câmara Municipal da Calheta decidiu, este ano, reforçar o valor que anualmente atribui às juntas de freguesia, derramando 109.169 euros por todas elas. Um aumento possível “graças ao acréscimo de receita proveniente da dinâmica empresarial que o concelho tem tido, nomeadamente na área da construção civil, pela receita do IMI e também do IMT”. A justificação foi dada pelo próprio presidente da Câmara Municipal da Calheta, no decorrer da cerimónia de assinatura de protocolos com as oito juntas de freguesia do concelho.

Carlos Teles explicou que este ano, em vez de atribuir 25% daquilo que cada junta recebe do Fundo de Financiamento das Freguesias, do Orçamento de Estado, a Autarquia decidiu aumentar essa verba para 30%.

“Esta não é uma competência da Câmara Municipal, mas nós, mais do que ninguém, sabemos das dificuldades que as juntas de freguesia têm em responder às reivindicações dos seus fregueses”, adiantou o edil, considerando, contudo, que o Estado é quem deveria aumentar esse apoio. “O que está a acontecer é que nós estamos a nos substituir ao Estado”, atirou, agradecendo, por outro lado, todo o trabalho que as juntas de freguesia têm feito em prol do apoio local às respetivas populações.

“Se trabalharmos em estreita colaboração, os munícipes da Calheta saem a ganhar”, concluiu, apelando a todos os presidentes que se mantenha este trabalho contínuo de recíproca colaboração, independente das cores políticas.